O presidente do Irã, Ebrahim
Raisi, morreu num acidente de helicóptero no domingo (19), na província do
Azerbaijão Oriental. A informação foi confirmada pelo porta-voz do governo, Ali
Jahromi, na madrugada desta segunda-feira (20). A aeronave também transportava
o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e outras
autoridades.
Raisi viajava na província iraniana quando o piloto precisou fazer um
pouso forçado em uma região de difícil acesso, com montanhas, florestas e
intensa neblina. O helicóptero foi localizado poucas horas depois, assim como o
local do acidente. Imagens de drones mostraram os destroços da aeronave, que
estavam carbonizados.
Relatos da mídia local apontaram para pouso forçado devido às más
condições climáticas. A causa oficial do acidente, no entanto, ainda não foi
informada.
Além de Raisi e Amirabdollahian, o helicóptero transportava o governador
da província iraniana do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder religioso
Hojjatoleslam Al Hashem e guarda-costas. A morte deles não foi confirmada, mas,
mais cedo, equipes de resgate afirmaram não haver "sinal de vida" na aeronave
ou no local da queda.
A busca foi acompanhada pela comunidade internacional. Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Kuwait ofereceram ajuda nas operações, assim como a Turquia, que enviou 32 socorristas ao país. O governo dos Estados Unidos também se pronunciou, dizendo que estava "acompanhando com atenção" as informações sobre o acidente.
Ebrahim Raisi, de 63 anos, estava no comando do país desde 2021. Ele
sucedeu o moderado Hassan Rouhani, que o havia derrotado nas eleições
presidenciais de 2017.
Raisi vinha enfrentando um governo conturbado desde 2022 devido à morte
de Mahsa Amini, que foi presa por usar o hijab – véu obrigatório no país –
incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra. A jovem morreu três dias
após ser detida, por possível espancamento, o que gerou uma onda violenta de
protestos por todo o país
agoranoticiasbrasil.com.br/