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Michelle sobre decisão de Moraes: Senhor, livrai-nos de todo o mal

Por Blog do Elias Hacker 19/05/2024 às 09:23:26

A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, se pronunciou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar uma norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) que restringia a prĂĄtica de aborto no Brasil. Ao comentar uma matéria do Pleno.News sobre o assunto, Michelle escreveu: "Senhor, livrai-nos de todo o mal".


SOBRE O CASO
O CFM proibiu os médicos de fazerem um procedimento clĂ­nico chamado "assistolia fetal", que consiste na indução da parada do batimento cardĂ­aco do feto antes da retirada do Ăștero, em gestações com mais de 22 semanas, mesmo nos casos de violĂȘncia sexual. Como o método é considerado essencial para o aborto depois das 20 semanas, na prĂĄtica, a resolução dificulta a interrupção da gestação.

Uma das justificativas usada pelo Conselho de Medicina para a decisão foi a de que o procedimento é "profundamente antiético e perigoso em termos profissionais".

– Optar pela atitude irreversĂ­vel de sentenciar ao término uma vida humana potencialmente viĂĄvel fere princĂ­pios basilares da medicina e da vida em sociedade – disse.

O PSOL acionou o STF, alegando que houve interferĂȘncia indevida na independĂȘncia dos médicos e violação ao direito à saĂșde das mulheres. Moraes decidiu então suspender os efeitos da resolução até o STF bater o martelo sobre o tema. O ministro afirmou que o Conselho Federal de Medicina "abusou do poder regulamentar" ao criar barreiras para o aborto legal.

A decisão liminar foi enviada para anĂĄlise dos demais ministros. O caso serĂĄ julgado no PlenĂĄrio Virtual do STF a partir do dia 31 de maio. Nessa modalidade, os ministros registram os votos em uma plataforma online, sem debate em tempo real. Como a pauta do plenĂĄrio fĂ­sico estĂĄ definida nas próximas sessões, não havia data próxima disponĂ­vel para encaixar o processo.

Em nota, o Conselho Federal de Medicina disse que "estranha" não ter sido notificado para prestar informações antes da decisão. A entidade afirmou ainda que vai encaminhar justificativas que, em sua avaliação, "serão suficientes para o convencimento dos ministros do STF sobre a legalidade de sua resolução". O CFM reĂșne argumentos técnicos sobre a eficiĂȘncia do procedimento.

O Supremo Tribunal Federal tem na fila para julgamento uma outra ação, também movida pelo PSOL, que discute a descriminalização do aborto até a 12ÂȘ semana da gestação. O processo estĂĄ engavetado, sem previsão de entrar na pauta. O ministro LuĂ­s Roberto Barroso, presidente do tribunal, que é a favor da mudança, avalia que o debate ainda não estĂĄ maduro.


Fonte: *Com informações AE

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