Luiz Arthur Schneider, de 59 anos, é dono de um comércio no interior do
Rio Grande do Sul. Ele discordou do governador do estado, Eduardo Leite, que
afirmou que a quantidade de doações vindas de várias partes do país, poderia
impactar o comércio local. As informações são do UOL.
– Para nós, é ótimo que a gente ganhe alguma coisa, a cesta básica e
tal. Nós vamos vender pra quem? Muitos dos nossos clientes perderam casas ou
foram atingidos. Não tem como a gente vender na caderneta. [Os clientes] não
têm como pagar conta e coisas assim – avaliou o comerciante.
Nesta quarta-feira (15), Leite usou as redes sociais para pedir
desculpas pelo comentário. Segundo ele, houve um "enorme mal-entendido".
– Antes de mais nada, meu agradecimento a todos pela gigantesca mobilização
e solidariedade a favor do povo gaúcho. Em nenhum momento eu tive a menor
intenção de inibir ou desprezar as inúmeras doações que o Brasil e o mundo
estão fazendo para ajudar nosso Rio Grande do Sul numa grande reconstrução.
Entre tantas preocupações que a tragédia nos traz, traz também a situação dos
nossos pequenos comerciantes – falou.
Luiz Arthur e a esposa, Rosely Schneider, de 58 anos, moraram em Roca
Sales (RS) por 36 anos. Há dois anos, eles decidiram deixar o município por
causa de uma enchente. No entanto, o casal está na cidade para retirar a lama
que invadiu a casa que eles alugaram para amigos.
– Aqui sempre teve enchente, mas a água nunca tinha chegado dentro de
casa, como aconteceu ano passado, e ultrapassado a casa, como aconteceu agora –
explicou Rosely.
Ela e o marido se dizem muito satisfeitos com o trabalho de voluntários
e com as doações.
– Estamos muito satisfeitos com os voluntários. Muitas pessoas estão
doando coisas: cesta básica, produtos de limpeza. Até pessoas vieram ajudar a
limpar – falou Luiz.
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