Enquanto a direção nacional do PSDB aguarda uma conversa com o governador Eduardo Leite para se posicionar sobre a criação de uma autoridade federal com status de ministério extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul, o deputado federal Aécio Neves (MG) subiu o tom depois de um período de trégua com o Palácio do Planalto.
integrante da executiva tucana e um dos mais influentes quadros da sigla, o parlamentar mineiro disse à CNN que a escolha do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, para ocupar o cargo "começa com uma indelicadeza e termina com uma imprudência".
"Começa com uma indelicadeza por que o governador sequer foi consultado ou comunicado pessoalmente. E termina com uma imprudência porque o escolhido foi alguém com um projeto político", disse o parlamentar.
Ainda segundo Aécio, a decisão de criar uma ministério extraordinário é uma "violência contra a federação", já que cria, segundo ele, um "governo paralelo".
"Se fosse um estado administrado pelo PT, como a Bahia, por exemplo, acredito que não seria assim", afirmou.
A leitura do tucano é que com a escolha de Pimenta, eventuais conflitos ou discordâncias técnicas podem se tornar conflitos políticos.
Procurado, o ministro Paulo Pimenta ainda não se manifestou. O espaço está aberto.
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