A ida de Paulo Pimenta para o Ministério Extraordinário do Rio Grande do
Sul, deixando ao menos provisoriamente a Secretaria de Comunicação Social
(Secom), e a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras
incendiaram o governo Lula na noite desta terça-feira (14/5).
Os furos do colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, e da colunista Malu
Gaspar, do Globo, pegou a grande maioria dos ministros de surpresa. Desde que
as duas informações foram publicadas, ministros passaram a se telefonar e
conversar sobre a possibilidade de Lula ter detonado, falando com pouquíssimas
pessoas, uma nova reforma ministerial.
A queda de 38% no lucro da estatal, anunciada ontem, pesou para a saída
de Prates, mas a decisão já estava tomada por Lula há tempos. Magda Chambriard
chega à presidência apoiada por defensores de uma Petrobras mais
intervencionista. Entre outros apoios, Chambriard se torna presidente
respaldada pelo PT da Bahia.
A situação de Pimenta é diferente, mas quase ninguém acredita no
Planalto que ele volte para a Secom, após cumprir uma missão que, a princípio,
deverá durar de quatro a seis meses no futuro Ministério Extraordinário de
Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A pasta será responsável por
articular entre os três níveis federais as ações no estado.
Pimenta continuará com uma sala do Planalto, mas, ao menos oficialmente,
fora da Secom. Colegas dele no Planalto afirmam, sob reserva, que Lula está em
busca de um nome para substituí-lo definitivamente.
A semana promete. Hoje ainda é terça-feira e Lula, após o resultado ruim
da Quaest, já fez duas mudanças significativas no governo.
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