O presidente Lula (PT) prepara a terceira viagem ao Rio Grande do Sul
desde que as chuvas começaram no fim de abril. A previsão é de que o chefe do
Executivo retorne ao estado acompanhado de ministros até a próxima quinta-feira
(16) e faça uma série de anúncios. Para isso, ele vai adiar a viagem que faria
no mesmo dia para o Chile. Inicialmente, ele ficaria no país vizinho até
sábado.
A principal novidade para os gaúchos deve ser a confirmação de um
benefício para todos os moradores que comprovarem perdas por causa das
enchentes. Será o chamado "bolsa enchente". A diferença é que não será apenas
para os que estiverem inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais
(CadÚnico) do Ministério de Desenvolvimento Social, mas para os mais de 500 mil
desalojados.
A comitiva do governo federal também deve anunciar a suspensão do
pagamento das parcelas da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União.
Atualmente, o RS é o segundo estado com maior proporção entre dívida e
receita. Enquanto a dívida está em R$ 104 bilhões, a receita é da ordem de R$
56 bilhões, conforme dados de dezembro de 2023 do Tesouro Nacional. A situação
será também discutida em reunião entre o governador Eduardo Leite (PSDB) com o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Antes disso, o ministro deve definir com o presidente Lula e o
ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, os termos do acordo entre União e o
governo gaúcho. O encontro será nesta segunda-feira (13).
Para voltar ao Rio Grande do Sul ainda nesta semana, Lula adiou a viagem
ao Chile. O presidente vai discutir detalhes da mudança no roteiro
internacional durante reunião com o ministro das Relações Institucionais, Mauro
Vieira, também nesta segunda.
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