A Coreia do Norte lançou um foguete um dia depois de o país anunciar uma janela para colocar seu primeiro satélite espião militar em órbita, disseram os militares da Coreia do Sul, disparando alertas de emergência em partes da Coreia do Sul e do Japão.
O Estado-Maior Conjunto da Coréia do Sul (JCS) disse na quarta-feira que detectou o lançamento do sul da "área do condado de Tongchang, na província de Pyongan do Norte, na Coréia do Norte, por volta das 6h29 [21h29 GMT de terça-feira]".
Sirenes de ataque aéreo soaram na capital sul-coreana, Seul, três minutos depois, quando a cidade usou alto-falantes públicos e smartphones para alertar os cidadãos a se prepararem para uma possível evacuação. Alertas posteriores diziam que o aviso da cidade havia sido enviado por engano.
O governo japonês emitiu um alerta de emergência em seu sistema de transmissão J-Alert para residentes da província de Okinawa, no sul, na manhã de quarta-feira. O governo alertou os moradores a se protegerem dentro de casa se estivessem do lado de fora.
Mais tarde, disse que o míssil não voaria para o território do Japão e retirou os avisos.
O JCS da Coreia do Sul disse que o foguete desapareceu cedo do radar e que poderia ter se partido no ar ou caído.
O "projétil da Coreia do Norte desapareceu do radar antes de atingir o ponto de lançamento esperado", disse a agência de notícias Yonhap, acrescentando que os militares estão analisando a possibilidade de "explodir no ar ou cair".
Pyongyang anunciou na terça-feira que planeja lançar seu primeiro satélite espião militar entre 31 de maio e 11 de junho.
Em dados fornecidos às autoridades internacionais, a Coreia do Norte disse que o lançamento levaria o foguete para o sul, com vários estágios e outros detritos que devem cair sobre o Mar Amarelo e o Oceano Pacífico.
O lançamento de um satélite pela Coreia do Norte é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que proíbem o país de usar a tecnologia de mísseis balísticos. O plano foi criticado pela Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.
A Coreia do Norte, com armas nucleares, tem modernizado e expandido rapidamente seu armamento, desafiando as sanções da ONU e realizou um número recorde de testes em 2022.
Ele diz que suas atividades são necessárias para autodefesa.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse no início deste mês que o lançamento bem-sucedido de um satélite de reconhecimento militar era um "requisito urgente do ambiente de segurança predominante no país".
Gazeta Brasil