A Petrobras emitiu Fato Relevante informando que o Conselho de
Administração da empresa propôs o pagamento de 50% dos 43,9 bilhões de reais
que haviam sido retidos anteriormente. Essa decisão serĂĄ avaliada na Assembleia
Geral OrdinĂĄria de acionistas, agendada para 25 de abril.
Estima-se que a União receberĂĄ cerca de 6 bilhões de reais desse
montante, o que ajudarĂĄ o governo a reduzir o déficit primĂĄrio das contas
públicas. Os economistas consultados no Boletim Focus estimam um déficit de
aproximadamente 60 bilhões de reais para 2023.
A empresa reavaliou o cenĂĄrio financeiro e econômico e concluiu que não
hĂĄ risco para a sustentabilidade do negócio caso a Assembleia delibere pela
distribuição parcial dos dividendos extraordinĂĄrios.
CenĂĄrios dinâmicos
"Considerando cenĂĄrios dinâmicos, como a evolução do Brent, do câmbio e
outros fatores, o CA entendeu, por maioria, serem satisfatórios os
esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da companhia no curto,
médio e longo prazo e da preservação da governança", diz o comunicado ao
mercado.
O CA defendeu ainda que "uma eventual deliberação pela Assembleia Geral
OrdinĂĄria ("AGO"), marcada para o dia 25/04/2024, distinta da proposta da
Administração de 07/03/2024, que venha a distribuir, a título de dividendos
extraordinĂĄrios, até 50% do lucro líquido remanescente (após as alocações às
reservas legais e o pagamento de dividendos ordinĂĄrios), não comprometeria a
sustentabilidade financeira da Companhia; (ii) eventual distribuição dos 50%
remanescentes pela Companhia, a título de dividendos intermediĂĄrios, serĂĄ
avaliada pelo CA ao longo do exercício corrente".
Vale lembrar ainda que a petroleira também busca um acordo com o governo
para o pagamento com desconto de um contencioso tributĂĄrio avaliado em mais de
50 bilhões de reais. A negociação com a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional) e a Receita Federal deve reduzir a dívida para próximo de 20 bilhões
de reais.
Fonte: Com informações de O Antagonista