Carlos Baigorri, presidente da AgĂȘncia Nacional de Comunicações (Anatel),
afirmou que a Anatel agirĂĄ de forma mais rĂĄpida na remoção de sites durante as
eleições deste ano.
Segundo ele, o sistema vinculado ao JudiciĂĄrio possibilitarĂĄ
bloqueios efetivos "em questão de poucas horas".
"Em 2022, fomos surpreendidos ao receber decisões judiciais,
algumas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outras do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinando medidas para interromper o acesso ao site ou
aplicativo em questão", disse Baigorri, em entrevista ao site Broadcast
Político, na terça-feira 16. "Não estĂĄvamos preparados para isso. Tivemos de
apagar incĂȘndio. Fomos desenvolvendo protocolos na hora."
Naquela época, as decisões eram enviadas fisicamente ao órgão de
regulamentação, que, em seguida, as digitalizava e informava as operadoras.
De acordo com Baigorri, a Anatel não era proativa nesse serviço.
"Não ficamos procurando nas redes sociais e avisando a Justiça", informou, ao
mencionar que as operadoras não estavam preparadas para a demanda judicial de
remoção de sites, em razão do volume de decisões. Baigorri avaliou que as
empresas ganharam mais preparo.
No presente momento, notifica-se as plataformas para a remoção de
conteúdos específicos que infringem a lei eleitoral. A Justiça Eleitoral e as
redes sociais interagem diretamente nessa fase, como Oeste antecipou em
dezembro de 2023.
Se as plataformas descumprirem a decisão judicial, a Anatel pode
ser acionada pela Justiça para bloquear o acesso à rede social para todos os
brasileiros. A empresa também atua para acionar as operadoras de internet e
bloquear sites que disseminam "desinformação".
O presidente da Anatel sustenta que "cada empresa tem de ir no seu
sistema, na sua rede, e incluir aquele site na relação de sites bloqueados",
ainda que o novo sistema esteja em vigor, o bloqueio em todas as operadoras não
é imediato, levando alguns dias. Entretanto, espera-se que as maiores
operadoras realizem as remoções de forma mais rĂĄpida.
Órgão de Enfrentamento à desinformação
Baigorri considera a fundação do Centro Integrado de Enfrentamento à
Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), do TSE, um "avanço".
O projeto terĂĄ uma rede de comunicação em tempo real com os 27
Tribunais Regionais Eleitorais.
Fonte: As informações são da Revista Oeste.