O presidente Lula (foto) não irá participar das comemorações dos 50 anos da
Revolução dos Cravos, em Portugal. O Itamaraty não informou os motivos para a
ausência do petista.
No ano passado, o Parlamento de Portugal vetou o discurso de Lula na
sessão solene de 25 de abril. A participação do presidente brasileiro chegou a
ser anunciada, mas não foi aprovada.
Em março, o líder do partido de direita Chega, André Ventura, afirmou
que, se fosse eleito primeiro-ministro, proibiria a entrada de Lula no país
durante os festejos da revolução.
"Se o Chega vencer as eleições
legislativas no próximo domingo, a 25 de abril de 2024 o senhor presidente do
Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, não vai entrar em Portugal. Nós não vamos
deixar que entre em Portugal", disse o político em comício.
E prosseguiu:
"Neste país ainda mandamos nós e neste país ainda escolhemos nós quem
vem e quem não vem. Corruptos já temos cá muitos, não precisamos que venham
mais de fora."
Ventura, o maior opositor de Lula em
Portugal
Em 2023, durante uma visita oficial de Lula a Portugal, André Ventura e o Chega
organizaram um protesto em frente ao Parlamento português contra a presença do
petista na sessão comemorativa da Revolução dos Cravos.
O líder do Chega foi quem mais se opôs à realização do discurso de Lula
no Parlamento português. "O Chega não tem dúvidas: lugar de ladrão é na
prisão", publicou Ventura nas redes sociais.
O Chega é o partido que mais tem se dedicado à agenda anticorrupção em
Portugal. Além de atacar Lula, Ventura critica fortemente o
ex-primeiro-ministro José Sócrates, que era do Partido Socialista.
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