O presidente Lula (PT) avisou aos integrantes da ĂĄrea política do governo para
ficarem de sobreaviso para uma reunião de emergĂȘncia, que pode acontecer na
sexta-feira (19). A ideia é fazer um encontro antes da cerimônia em comemoração
ao Dia do Exército, marcada para as 10h, em Brasília.
A reunião deve contar com a presença de:
· Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
· José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;
· Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso
Nacional;
· Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;
· Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social;
· Rui Costa, ministro da Casa Civil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava nos Estados Unidos,
antecipou a volta para o Brasil. Embora tenha agenda em São Paulo, ele também
pode participar da reunião emergencial.
Lula convocou os líderes diante da crise no Congresso e o avanço das
chamadas "pautas-bomba". Entre as preocupações do Planalto estĂĄ a PEC do
QuinquĂȘnio e a relação com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
Lira vem reclamando da articulação política do governo e chamou Padilha
de incompetente durante uma entrevista coletiva. O presidente da Câmara também
chegou a falar sobre a instalação de CPIs, embora tenha descartado a CPI do
JudiciĂĄrio.
O governo não estĂĄ se preocupando com pautas de costume, que também estão
avançando no Congresso. Por outro lado, o Planalto estĂĄ atento a aprovação das
"pautas-bomba", que podem causar impacto fiscal nas contas públicas.
PEC do QuinquĂȘnio
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, disse nesta quinta-feira
(18) que governo vai trabalhar para adiar a votação da PEC do QuinquĂȘnio.
A Proposta de Emenda à Constituição concede um aumento salarial de 5% a
cada cinco anos de serviço para membros do JudiciĂĄrio e do Ministério Público.
Se aprovada, a PEC pode causar um impacto fiscal de cerca de R$ 42
bilhões, segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
"O governo vai apelar para o bom senso. Tem uma greve dos servidores
público, que reivindicam progressão de carreira, plano de cargos de salĂĄrios.
Não me parece muito adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da
carreira do funcionalismo público, enquanto não tem uma proposta para todos os
servidores", declarou Randolfe ao deixar reunião com lideranças do Senado.
O texto deverĂĄ entrar na pauta do plenĂĄrio do Senado jĂĄ na próxima semana. Ao
todo, serão cinco sessões de discussões em primeiro turno. Após isso, o texto
poderĂĄ ser votado. Ainda não hĂĄ uma data para que isso aconteça.
Defensores da PEC, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), avaliam que o texto é uma forma de valorizar as carreiras, enquanto
não hĂĄ propostas de reformulação das estruturas dos servidores.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/