As críticas do Twitter a decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes já aconteciam antes de a rede social ser comprada pelo bilionário Elon Musk, em outubro de 2022. Nos últimos dias, Musk ameaçou reativar perfis bloqueados por ordem de Moraes e chamou o ministro de "ditador brutal".
Em setembro de 2021, o Twitter Brasil afirmou ao Supremo que as decisões de Moraes contra usuários da rede poderiam ser "censura prévia". Na ocasião, Moraes havia determinado que o Twitter bloqueasse os perfis do deputado Otoni de Paula, do cantor e ex-deputado Sérgio Reis e do militante Oswaldo Eustáquio. Os bolsonaristas eram investigados por supostos crimes no Sete de Setembro daquele ano.
A manifestação formal aconteceu cerca de um ano antes de Musk comprar o Twitter. Já na gestão Musk, a plataforma manteve o posicionamento em documentos encaminhados ao STF. Em dezembro de 2022, o Twitter voltou a alertar sobre a censura prévia e classificou de "exorbitante" uma decisão de Moraes contra o empresário bolsonarista João Salas, investigado por supostos atos antidemocráticos.
Uma ofensiva direta de Musk contra o ministro Alexandre de Moraes começou no último dia 6, por meio de sua conta no Twitter. O bilionário ameaçou descumprir decisões de Moraes e acusou o ministro de crimes. Depois, chamou Moraes de "ditador brutal". Em reação, Moraes ordenou investigação contra Elon Musk no inquérito das milícias digitais, que tramita no STF e tem entre os alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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