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diz estudo

Medicamento que pode frear avanço de diabetes tipo 1, diz estudo

Estudo aponta medicamento que promete revolucionar o tratamento para diabetes tipo 1, reduzindo a dependência de insulina


Créditos: Depositphotos/stivog

Um avanço significativo na luta contra o diabetes tipo 1 está publicado na New England Journal of Medicine.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica de St. Vincent, em Melbourne, na Austrália, apontam um medicamento, já utilizado para o tratamento de artrite reumatoide, dermatite atópica e alopecia, como possível freio na progressão do diabetes tipo 1.

A doença afeta milhões de pessoas no Brasil, sendo que cerca de 5% a 10% dos casos são de diabetes tipo 1, conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Como retardar o diabetes?

Segundo o estudo, o medicamento Baricitinibe pode retardar a progressão de diabetes tipo 1. Segundo o professor Thomas Kay, um dos líderes do estudo, o medicamento é particularmente promissor para indivíduos diagnosticados em estágios iniciais da doença.

Essa pesquisa inovadora descobriu que o Baricitinibe tem a capacidade de preservar a função das células produtoras de insulina no corpo. Isso é especialmente significativo para quem foi diagnosticado recentemente com a doença, oferecendo esperança de menor dependência de injeções de insulina.

"Quando o diabetes tipo 1 é diagnosticado, ainda existe uma quantidade significativa de células produtoras de insulina. Queríamos ver se conseguiríamos proteger essas células do avanço da destruição pelo sistema imunológico", explica o professor.

A pesquisa abre portas para discussões com o FDA sobre o potencial uso do Baricitinibe como uma terapia inovadora para diabetes tipo 1, o que poderia revolucionar o tratamento atual.

Créditos: divulgação/Eli Lilly
Baracitinibe utilizado para o tratamento de artrite

Quais são os próximos passos da pesquisa?

O estudo, ainda em fase dois, mostra que é preciso mais investigação antes que o Baricitinibe possa ser oficialmente aprovado para essa nova aplicação. No entanto, os indícios de que pode reduzir a necessidade de injeções de insulina são bastante promissores.

Mas antes de se tornar uma realidade para pacientes com diabetes tipo 1, o Baricitinibe terá que passar por mais etapas de pesquisa e discussões regulatórias.

"Apesar da utilização do medicamento para o tratamento de outras doenças, é provável que sejam necessários alguns outros testes antes da aprovação de seu uso para terapia contra a diabetes tipo 1", afirma Thomas Kay.

O que ocorre no diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma condição crônica na qual o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue.

Os sintomas incluem fome e sede frequentes; vontade de urinar várias vezes ao dia; perda de peso sem motivo; além de fadiga. O diagnóstico costuma ocorrer na infância ou adolescência, embora possa surgir em qualquer idade.

Sem tratamento adequado, o diabetes tipo 1 pode levar a uma série de complicações de saúde a longo prazo.

O que o diabetes tipo 1 pode causar?

É importante ressaltar que o controle adequado da glicemia, através de medicação, dieta equilibrada e atividade física, pode ajudar a prevenir ou retardar o desenvolvimento dessas complicações.

É possível prevenir o diabetes tipo 1?

Atualmente, não existe uma forma conhecida de prevenir o diabetes tipo 1. Ao contrário do diabetes tipo 2, que está associado ao estilo de vida, o diabetes tipo 1 é uma condição autoimune na qual o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas responsáveis pela produção de insulina.

Embora pesquisas estejam em andamento para entender melhor os fatores desencadeantes, como genética e ambiente, ainda não há uma maneira conhecida de evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 1.

Portanto, o foco principal permanece no diagnóstico precoce e no tratamento adequado após o surgimento da doença, bem como prevenir outras complicações de saúde. Além disso, essa nova pesquisa traz expectativa de avanços no tratamento.

A pesquisa com Baricitinibe aponta para um futuro em que o controle da doença possa ser menos dependente de injeções diárias de insulina.

Catraca Livre

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