Na segunda-feira, Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria de Comunicação Social
(Secom), afirmou que o governo do Brasil está considerando "rever" todos os
contratos que possui com a Starlink, uma empresa voltada para a geração de
energia. A Starlink é de propriedade do empresário Elon Musk, que também é dono
da rede social "X", anteriormente conhecida como Twitter.
Elon Musk desafiou no sábado o ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que poderia
não cumprir as decisões judiciais ligadas à plataforma "X". Moraes, na posição
de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), implementou medidas para
fortalecer as regras contra as plataformas, com o objetivo de impedir a
disseminação de "fake news" durante os processos eleitorais.
O dia de Musk iniciou com uma resposta
a um post de janeiro do ministro que questionava a "censura". Posteriormente, o
empresário seguiu postando mensagens que insinuavam que a liberdade de
expressão estava em perigo no Brasil. "Nós consideraremos revisar todos os
contratos que temos com a Starlink em relação à geração de energia globalmente",
declarou Pimenta.
O ministro ressaltou que o Brasil não
pode aceitar interferências estrangeiras que desafiem a Constituição nacional.
Ele atribuiu à rede social "X" o apoio a "criminosos". "Todas as medidas
judiciais apropriadas devem ser tomadas e o risco que temíamos está se
concretizando. [Musk] permitiu que criminosos, inclusive procurados pela
Interpol, utilizassem a rede para repetir crimes pelos quais já estão sendo
procurados e investigados", argumentou Pimenta.A declaração de Pimenta faz
referência ao jornalista Allan dos Santos, que realizou uma transmissão ao vivo
na rede social "X" logo após as declarações de Musk.
agoranoticiasbrasil.com.br/