Julie Kozack, diretora de comunicação do Fundo Monetário Internacional (FMI),
declarou nesta quinta-feira (4) que a Argentina está vivenciando um
"impressionante" progresso sob a liderança de Javier Milei.
"O progresso até agora tem sido impressionante. Janeiro e fevereiro
registraram um superávit fiscal pela primeira vez em mais de uma década, as
reservas internacionais estão sendo reconstituídas, a inflação está caindo mais
rapidamente do que o previsto e os indicadores de mercado, como a variação
cambial e o spread (custo do endividamento externo) continuam melhorando",
disse.
Embora a organização internacional continue a insistir que a Casa Rosada
deve buscar apoio social e político para garantir a sustentabilidade das
reformas econômicas em curso. "Continua sendo importante trabalhar de forma
pragmática para construir apoio social e político, a fim de tornar eficaz as
reformas apresentadas", afirmou a porta-voz em uma entrevista coletiva em
Washington.
Kozack refutou a existência de negociações para um acordo de
refinanciamento da dívida com a Argentina, garantindo que o foco está no
programa atual, que será implementado até o fim do ano. Ele afirmou: "Neste
estágio, seria prematuro discutir as modalidades de um possível programa
futuro".
"A equipe do FMI e as autoridades
argentinas "estão engajadas em discussões ativas no contexto do atual programa
apoiado pelo Fundo", disse a porta-voz, que garantiu que o objetivo do Fundo
continua sendo "apoiar os esforços das autoridades para restaurar a
estabilidade macroeconômica e estabelecer as bases para um crescimento próspero
e inclusivo na Argentina".
No período de Alberto Fernández (2019-2023), o governo peronista firmou
um acordo com o FMI em março de 2022 para renegociar a dívida de
aproximadamente US$ 45 bilhões, adquirida durante o governo de Mauricio Macri
(2015-2019) em 2018. Este acordo envolveu dez revisões trimestrais. Em 1º de
fevereiro, o conselho da organização aprovou a prorrogação do acordo com a
Argentina até o fim de 2024, além de ajustar os termos de resgate dentro do
programa atual.
A sétima revisão, que autorizou a retirada de US$ 4,7 bilhões, foi
aprovada em janeiro, sendo a primeira sob a gestão do presidente Javier Milei.
Desde que o líder libertário assumiu a posição, o FMI tem apenas palavras de
louvor para seu governo.
As informações são da Gazeta do Povo.