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Arábia Saudita

Arábia Saudita pode ingressar no banco dos BRICS


O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do grupo BRICS das principais economias emergentes está atualmente em negociações com a Arábia Saudita para admitir o reino como seu décimo membro, informou o Financial Times neste domingo (28).

Espera-se que a mudança consolide os laços entre o credor com sede em Xangai, estabelecido pelos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em 2014, com o segundo maior produtor mundial de petróleo.

"No Oriente Médio, damos grande importância ao Reino da Arábia Saudita e atualmente estamos engajados em um diálogo qualificado com eles", disse o NDB em comunicado visto pelo FT.

Lançado com o objetivo de financiar infraestrutura e desenvolvimento sustentável em estados membros e outras economias emergentes, o NDB ampliou sua adesão para incluir Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Uruguai e Egito. Emprestou US$ 33 bilhões para mais de 96 projetos nos cinco países membros fundadores.

A instituição financeira multinacional se prepara para embarcar em uma avaliação formal de suas opções de financiamento, que foram abaladas depois que a Rússia foi atingida por várias ondas de sanções ocidentais por causa de sua operação militar na Ucrânia. O banco BRICS está programado para realizar sua reunião anual de 30 a 31 de maio.

Para Riad, a adesão ao banco oferece a perspectiva de fortalecer os laços com os países membros do BRICS. As cinco economias respondem por mais de 40% da população mundial e quase um quarto do PIB global.

As negociações também ocorrem em um momento em que a Arábia Saudita e a China estão aumentando a cooperação. Em março, Pequim mediou um acordo histórico entre o reino e o Irã, ajudando a aliviar as tensões regionais. A Arábia Saudita também fortaleceu significativamente seus laços de energia com a China.

Espera-se que os sauditas surjam como outro acionista financeiramente confiável do NDB, à medida que o credor internacional avalia sua capacidade de mobilizar fundos. As sanções à Rússia levantaram preocupações sobre a dependência do banco de Moscou, que detém uma participação de cerca de 19%.

Gazeta Brasil

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