Onze pastores associados ao ministério Mountain Gateway, com sede nos Estados
Unidos, foram condenados pelo Poder Judiciário da Nicarágua por lavagem de
dinheiro. Os líderes do ministério, que estavam detidos há mais de dois meses
sem permissão para se comunicar com advogados ou familiares, foram sentenciados
a penas de prisão de 12 a 15 anos. Além disso, foram multados em mais de US$ 80
milhões por indivíduo. O país está atualmente sob a ditadura de Daniel Ortega.
No decorrer do processo, o governo, de fato, não foi capaz de mostrar
evidências da ilegalidade ou da procedência dos supostos fundos ilícitos que
foram "lavados". Mesmo assim, o veredicto foi dado a portas fechadas no Central
Judicial Complex em Manágua, local onde ocorreu o julgamento.
"Ninguém está a salvo da
perseguição religiosa na Nicarágua, e é devastador ver as falsas acusações,
julgamentos e condenações destes pastores e líderes ministeriais que
simplesmente partilhavam a sua fé e serviam os cidadãos da Nicarágua", lamentou
Kristina Hjelkrem, advogada da Aliança em Defesa da Liberdade (ADF
Internacional). Ela destacou que "ninguém está a salvo da perseguição
religiosa" no país.
A ADF Internacional, de fato, solicitou à Comissão Interamericana de
Direitos Humanos que instrua a Nicarágua a garantir o direito à saúde, à vida e
à integridade física dos pastores enquanto eles estiverem presos, durante o
decorrer do processo.
No ano de 2023, Lula minimizou as violações ocorridas durante a ditadura
na Nicarágua e sugeriu um diálogo com Ortega.
As informações são da Gazeta do Povo.