A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou na madrugada deste sábado,
23, o corte, até março de 2025, do financiamento feito pelo país à UNRWA,
agência da ONU na Faixa de Gaza acusada por Israel de cumplicidade com o
terrorismo do Hamas.
Os EUA, seu maior contribuinte, normalmente enviam mais de 300 milhões
de dólares por ano, mas o governo de Joe Biden havia interrompido o envio em
janeiro, após relatos de que um grupo de funcionários da UNRWA estava envolvido
nos ataques de 7 de outubro de 2023 em território israelense.
Alguns membros do Partido Democrata chegaram a defender a preservação do
financiamento, alegando que os moradores de Gaza precisam urgentemente de ajuda
humanitária, mas a maioria da Casa entendeu que assistência aos palestinos pode
fluir através de outros grupos, como já mostramos em O Antagonista e Crusoé.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, o mesmo que
repudiou as declarações antissemitas de Lula, comemorou no X a decisão da
Câmara americana:
"A proibição histórica do financiamento dos EUA para UNRWA, que foi
aprovada hoje com um apoio bipartidário esmagador, demonstra o que sempre
sabíamos: a UNRWA é parte do problema e não pode ser parte da solução. A UNRWA
não fará parte da paisagem de Gaza no período pós-Hamas.
Milhares de funcionários da UNRWA estão envolvidos em atividades
terroristas do Hamas e as suas instalações foram utilizadas para fins
terroristas.
Exorto mais países a seguirem os EUA e proibirem o financiamento a esta
organização.
Obrigado, Mike Johnson, Hakeem Jeffries, Chuck Schumer e Mitch McConnell
pela sua liderança e apoio bipartidário contínuo a Israel durante a nossa
guerra justa contra o regime terrorista assassino do Hamas."
O corte de financiamento da UNRWA foi aprovado junto a um pacote de 1,2
trilhão de dólares para financiar agências federais; evitando uma paralisação
parcial do governo dos EUA.
A aprovação da medida, por 74 votos a 24, encerrou meses de embate no
Congresso diante das exigências do Partido Republicano por cortes mais
profundos nas despesas e concluiu o trabalho de financiamento do governo até ao
final do ano fiscal, em setembro. O pacote agora segue para assinatura do
presidente Joe Biden.
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