Elon Musk, o bilionário, expressou que a sentença da professora
aposentada Iraci Nagoshi, de 71 anos, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é
"preocupante"; ela será obrigada a passar os próximos 14 anos de sua vida na
prisão.
O comentário de Musk foi feito em um site conservador, no Twitter/X, que
compartilhou uma matéria da Revista Oeste, que expôs o caso de Iraci.
A ex-professora Iraci foi detida dentro do Palácio do Planalto, onde se
abrigou de bombas de efeito moral no dia 8 de janeiro. De acordo com seus
advogados, ela não praticou nenhum ato de vandalismo.
História de
Iraci Nagoshi
No dia 4 de março, a equipe de defesa de Iraci festejou a
permissão concedida pelo STF para a retirada da tornozeleira, possibilitando
que a aposentada realizasse uma cirurgia complexa, necessária devido a uma
queda na qual fraturou o fêmur esquerdo quatro dias antes.
O advogado Jaysson França, no entanto, ficou chocado ao descobrir
que, horas depois, na mesma data, a idosa de 71 anos foi condenada pelo STF a
passar os próximos 14 anos de sua vida na prisão, por cinco crimes: abolição
violenta do "Estado Democrático de Direito", "golpe de Estado", "dano
qualificado", "deterioração do patrimônio tombado" e "associação criminosa".
Além disso, Iraci terá que pagar cem dias-multa, cada dia-multa equivalente a
um terço do salário mínimo.
Menos de 24 horas após a cirurgia ter sido bem-sucedida, agentes
do Centro de Detenção Provisória de Santo André (SP) visitaram a unidade de
saúde para reinstalar o equipamento na mulher, conforme relatado por Newton
Nagoshi, consultor de empresas e um dos filhos de Iraci. Ela está lutando
contra um câncer desde 2019.
A ex-professora de português e diretora aposentada, Iraci, reside
em São Caetano do Sul (SP). Após passar oito meses presa na Colmeia, ela tem
usado tornozeleira desde agosto.
Na véspera do dia 8 de janeiro, Iraci embarcou em um ônibus junto
com outras pessoas, com destino a Brasília. No dia da manifestação, ela se
encontrava na Praça dos Três Poderes e adentrou o Palácio do Planalto. O
advogado defendeu que a motivação dela foi se proteger das bombas de efeito
moral lançadas pela polícia e sustentou que ela não praticou nenhum ato de
vandalismo.
De acordo com o argumento de defesa, nas semanas iniciais de sua
detenção, Iraci foi obrigada a compartilhar uma cela minúscula com mais de dez
indivíduos, além de tomar banhos gelados e ter uma alimentação inadequada.
Iraci também sofre de transtornos passivos, diabetes, hipertireoidismo e
dislipidemia. Depois de obter a liberdade condicional, ela sofreu uma paralisia
em um lado do rosto, que necessitou de tratamento.
As informações são da Revista Oeste.