São Paulo – A convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o
governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reunirá nesta terça-feira
(19/3) com o premiê israelense e com o presidente do país, Isaac Herzog, em
Jerusalém.
O encontro ocorre em meio à crise diplomática entre Brasil e Israel após
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter comparado os ataques
israelenses na Faixa de Gaza, que têm matado milhares de civis palestinos,
incluindo crianças, ao Holocausto, massacre promovido pelo exército nazista de
Adolf Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.
No último domingo (17/3), em agenda na Cisjordânia, território
palestino, o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, voltou a
criticar a ação de Israel em Gaza, chamada por ele de "ilegal e imoral".
Também participará do encontro desta terça o governador de Goiás,
Ronaldo Caiado (União). Ele e Tarcísio desembarcaram na capital Tel Aviv na
tarde de domingo (17/3) e devem permanecer no país até a sexta-feira (22/3).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi convidado para a viagem,
mas não obteve autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), para sair do país.
Bolsonaro é investigado por supostamente arquitetar um plano de golpe de
Estado após a derrota nas eleições de 2022 e está com o passaporte apreendido.
Sem ideologia e política
Apesar do cenário de embate entre os governos brasileiro e israelense,
Tarcísio declarou, na semana passada, que a viagem a Israel não tem objetivos
políticos ou ideológicos.
"A gente não vai lá para fazer política. Temos parcerias importantes com
o governo de Israel, compra de equipamentos. Recebemos convite, a gente tem
excelente relação, estamos aceitando o convite e pronto. Sem ideologia e sem
política", disse Tarcísio na ocasião.
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