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PolĂ­tica

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Vereador protocola pedido de CPI que mira o padre Julio Lancellotti

Rubinho Nunes agora busca apoio para conseguir votos necessĂĄrios que permitam instalação do colegiado

Por Blog do Elias Hacker 14/03/2024 às 10:04:18

Padre Júlio Lancellotti Foto: Reprodução/ TV Cultura

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) conseguiu as assinaturas necessĂĄrias e protocolou, nesta quarta-feira (13), na Câmara Municipal de São Paulo, um requerimento de abertura de CPI para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulnerĂĄveis, usuĂĄrias de drogas e em situação de rua na capital. O foco principal do colegiado deve ser o padre Julio Lancellotti.

No PlenĂĄrio da Câmara, Rubinho agradeceu aos colegas pelas assinaturas e também pediu o apoio dos demais membros do Parlamento, visto que o requerimento ainda precisarĂĄ passar por duas votações na Casa e conseguir ao menos 28 votos favorĂĄveis para que a CPI seja instalada. Antes disso, ainda serĂĄ necessĂĄrio um acordo para que o colegiado "fure a fila" de outras proposições.

– Nosso objetivo é trabalhar pelo requerimento de preferĂȘncia para que ela seja instalada na Câmara de São Paulo. Desde jĂĄ, solicito apoio aos demais vereadores no requerimento de preferĂȘncia para protocolo e instalação agora da CPI – disse Nunes.

ENTENDA O CASO
No ano passado, Rubinho Nunes tentou abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região da Cracolândia. Uma das figuras que estava no centro das discussões e que possivelmente seria convocada a depor estava o padre Julio Lancellotti.

O religioso estĂĄ na linha de frente dos trabalhos sociais da Arquidiocese de São Paulo, atuando com moradores de rua que circulam pelo Centro da capital paulista. No entanto, para Rubinho, Lancellotti e "muitos outros lucram politicamente com o caos instaurado na Cracolândia".

Na época, o parlamentar chegou a conseguir o número de assinaturas necessĂĄrias para protocolar o requerimento de instalação do colegiado, mas, posteriormente, alguns vereadores acabaram retirando suas adesões ao pedido.

Além da questão envolvendo as ONGs, o padre foi envolvido em uma polĂȘmica relacionada a um vídeo no qual, supostamente, o sacerdote fazia uma chamada de vídeo com um menor de idade e se masturbava para ele. A gravação foi enviada pelo presidente da Câmara Municipal da capital paulista, o vereador Milton Leite (União Brasil), à Arquidiocese de São Paulo e ao Ministério Público.

O material teria sido gravado em 2019 e houve duas perícias feitas no vídeo. Uma delas dizia que o conteúdo foi adulterado, enquanto que uma segunda, revelada pela revista Oeste, declarava que a gravação é verdadeira e não foi adulterada. O padre, por sua vez, se defendeu e disse que a acusação de que ele se relaciona intimamente com menores tinha como objetivo atingi-lo.

Confira quais foram os 19 vereadores que assinaram o requerimento de abertura:

Adilson Amadeu (União Brasil)
André Santos (Republicanos)
Atílio Francisco (Republicanos)
Cris Monteiro (Novo)
Eli CorrĂȘa (União Brasil)
Ely Teruel (Podemos)
George Hato (MDB)
Fernando Holiday (PL)
Isac Felix (PL)
João Jorge (PSDB)
Major Palumbo (PP)
Marcelo Messias (MDB)
Marlon Luz (MDB)
Milton Leite (União Brasil)
Rodolfo Despachante (PP)
Rute Costa (PSDB)
Sansão Pereira (Republicanos)
Rinaldi Digilio (União Brasil)
Rubinho Nunes (União Brasil)

Fonte: Pleno News

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