O governo dos Estados Unidos comunicou que não vai extraditar o
jornalista bolsonarista Allan dos Santos. Ele é acusado por calúnia e difamação
pela Justiça brasileira. Nos EUA, esses delitos são considerados crimes de
opinião e não servem de base para um pedido de extradição por serem protegidos
pelo direito à liberdade de expressão.
Os norte-americanos estão dispostos a prosseguir com o processo contra
Allan em relação às outras acusações. Mas o caso segue estagnado no gabinete do
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O comunicado oficial foi enviado para o governo brasileiro e seguido por
uma reunião com autoridades norte-americanas no segundo semestre do ano
passado. O encontro foi marcado por momentos de tensão.
O documento não apresenta uma negativa clara ao pedido de extradição,
que tinha como base, principalmente, os crimes de calúnia, injúria e difamação.
Esses crimes não são passíveis de extradição, conforme tratado entre os dois
países.
Extradição de Allan dos Santos há mais
de 2 anos sem desfecho
Entretanto, os Estados Unidos solicitaram informações adicionais para continuar
com o procedimento de extradição pelos crimes de lavagem de dinheiro e
organização criminosa. Os questionamentos foram encaminhados ao STF, órgão
expedidor do pedido de prisão.
O Ministério da Justiça não se manifestou e informou que o processo está
sob sigilo. O pedido de prisão preventiva de Allan dos Santos está, há mais de
dois anos, sem desfecho. Ele é considerado foragido pela Justiça brasileira e é
acusado pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
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