O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) ressaltou a necessidade de reduzir
o preço dos alimentos e produtos bĂĄsicos, como a energia, para ter
"credibilidade" com a população. A fala foi dada ao SBT News.
Para o chefe do Executivo, derrubar os preços é "essencial para que vocĂȘ
possa voltar a ter credibilidade junto ao povo brasileiro". Lula admitiu a alta
dos valores "do arroz, do feijão e da energia".
"A gente vai começar a colher aquilo que nós plantamos. A sociedade vai
se dar conta de que as coisas vão melhorar. Para a sociedade estar feliz com o
governo, é preciso que a economia esteja crescendo, o salĂĄrio esteja crescendo
e o preço da comida esteja baixando", disse o petista.
Lula ainda falou ter alertado aos ministros Fernando Haddad, da Fazenda,
e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, sobre a necessidade de abaixar "o
preço daquilo que vai na mesa do povo trabalhador".
Mais cedo, o chefe do Executivo se reuniu com o ministro da Agricultura,
Carlos FĂĄvaro, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),
Edegar Pretto, para tratar da redução dos preços de alimentos e produtos.
"Conversamos sobre o que pode ser feito para reduzir o preço de alguns
produtos e alimentos, bem como ações para estimular a produção agrícola. Nosso
compromisso é trabalhar para resolver os problemas reais do povo brasileiro",
afirmou Lula no X (antigo Twitter).
Em ano de eleições municipais, Lula busca aproximação e aprovação com
setores do agronegócio. Dessa forma, o governo articula um "giro do agro" por
locais como GoiĂĄs, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e
Rio Grande do Sul.
Os compromissos do petista nessas regiões deverĂĄ envolver fiscalização
de obras e anúncios de investimentos. Além disso, o plano é uma aproximação
informal com um "churrasquinho" na Granja do Torto, onde fica a casa de campo
da PresidĂȘncia, após happy hours para aparar arestas com o Congresso.
Segundo FĂĄvaro, existe uma boa aceitação de Lula por parte do
agronegócio, especialmente após o crescimento do setor em 15,1% no primeiro ano
do novo governo e valorização no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil, que teve alta de 2,9%.
Outro possível fator na busca de reduzir os preços pode ter sido um
resultado abaixo do esperado em pesquisas como Quaest e Ipec, divulgadas na
última semana.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br