O custo da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em
fevereiro. As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (5,18%) e em
São Paulo (1,89%), enquanto a maior redução foi observada em Florianópolis
(-2,12%).
Segundo o estudo, o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços
de produtos como feijão, arroz, banana, manteiga e pão francês, que aumentaram
na maioria das capitais. O preço do óleo de soja, por sua vez, caiu em 15 das
17 capitais – oscilando entre -7,67% em Vitória e -7,34% em Belo Horizonte –,
sendo o único item a apresentar queda no mês.
O Rio de Janeiro foi a capital onde o conjunto de alimentos básicos
apresentou o maior custo (R$ 832,80), seguido de São Paulo (R$ 808,38) e Porto
Alegre (R$ 796,81). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 534,40),
Recife (R$ 559,68) e João Pessoa (R$ 564,50).
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja,
após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador
comprometeu, em média, 52,90% do rendimento para adquirir os produtos
alimentícios básicos. O número representa uma pequena redução em relação a
janeiro, quando foi contabilizado 60,74%.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo
necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido
de R$ 6.996,36 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412. Em fevereiro de 2023, quando
o salário mínimo era de R$ 1.320, o valor necessário ficou em R$ 6.547,58 ou
5,03 vezes o piso mínimo.
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