Integrantes da Câmara e do Senado ingressaram com pedidos de
investigação na Procuradoria-Geral da República e no Conselho Nacional de
Justiça para que seja apurado um suposto esquema de venda de
precatórios no governo Lula.
No sĂĄbado passado, o ex-presidenciĂĄvel Ciro Gomes (PDT) afirmou à CNN
Brasil que o governo federal teria liberado R$ 92,4 bilhões no orçamento para
negociar a venda de precatórios a instituições financeiras. No entanto,
Ciro não apresentou qualquer prova documental para
ratificar a acusação.
Para Ciro, esse estoque foi vendido com um desĂĄgio de 50% – uma praxe do
mercado.
Em ofício enviado ao CNJ, o senador Alessandro Vieira questiona o
presidente do órgão, Luís Roberto Barroso, se o conselho possui mecanismos de
monitoramento dos precatórios.
No documento, Vieira também questiona se houve a adoção de critérios
objetivos para o pagamento dos créditos após o julgamento. "É missão do
Senado fiscalizar a higidez das contas públicas, o que contempla o dever de
averiguar a correção no regime de pagamento de precatórios federais",
justifica o senador.
JĂĄ o deputado federal federal Evair de Melo (PP-ES) protocolou na
Procuradoria-Geral da República (PGR) um ofício solicitando que o órgão abra
inquérito para apurar o caso. O deputado capixaba também cobra que a investigação
seja feita em parceria com a Polícia Federal, a Receita Federal e demais
entidades competentes, "para assegurar investigação ampla, profunda e
efetiva".
"Precisam ser adotadas medidas judiciais adequadas para investigar
essa denúncia para esclarecer a veracidade dos fatos narrados e avaliar as
consequĂȘncias de prĂĄticas ilegais, que atentam os princípios da administração
pública e em consonância sejam identificados conflitos de interesse,
enriquecimento ilícito, fraude e obstrução da justiça", explica o capixaba.
No documento, Evair de Melo solicita que a PGR faça a "anĂĄlise
todas as evidĂȘncias relevantes, incluindo, mas não se limitando a, documentos,
testemunhos e registros financeiros, bem como, a adoção de medidas cautelares,
como o bloqueio de bens dos envolvidos, pode se fazer necessĂĄria para prevenir
a dissipação de ativos e assegurar a efetividade da justiça."
Fonte: O Antagonista