Os estados com dívidas junto à União deverão se reunir, conjuntamente, com o Ministério da Fazenda em até trĂȘs semanas para tratar do tema com o ministro Fernando Haddad. É esperada uma primeira proposta na mesa para esse tema da dívida ainda no mĂȘs de março.
A informação foi adiantada nesta quinta-feira (7/3) pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), após reunião com Haddad na sede da pasta.
Além do estado de Leite, também estão no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dois estados do Sudeste: Minas Gerais e Rio de Janeiro.
"Esses trĂȘs estados, somados, tĂȘm 27% do PIB nacional", lembrou o governador gaúcho a jornalistas.
E comparou a situação a um carro com uma das rodas presas.
"Porque os estados com problemas fiscais tĂȘm dificuldade de fazer investimentos para manter a infraestrutura adequada para o escoamento de produção, dificuldade de manter investimentos em serviços públicos essenciais da população, limitando a possibilidade dos movimentos que os estados devem fazer e consequentemente atingindo a economia nacional", continuou.
Ele ainda salientou que vĂȘ uma consciĂȘncia do ministro e do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) a respeito do assunto.
Segundo o tucano, após voltar as atenções para temas fiscais da União no primeiro ano, agora o governo federal sinalizou que darĂĄ atenção às dívidas dos estados.
"HĂĄ uma expectativa, então, de que nas próximas duas, trĂȘs semanas, a gente tenha uma nova reunião, conjuntamente, talvez, dos estados, para tratar do tema da dívida."
Os governadores defendem alterações no contrato para revisão dos encargos.
"O que nós estamos pleiteando? Alterações no contrato que revisem os encargos existentes, que fazem com que a dívida cresça mais do que é o crescimento da arrecadação dos estados. Isso vai fazendo com que, mesmo os estados pagando, vĂĄ tomando cada vez mais espaço no orçamento dos estados, a dívida gerando dificuldades", explicou Leite.
HĂĄ duas frentes de atuação:
GoiĂĄs também estĂĄ no regime de recuperação fiscal, mas o estado chefiado por Ronaldo Caiado (União) tem uma situação fiscal mais confortĂĄvel.
JĂĄ São Paulo não estĂĄ no regime de recuperação fiscal, mas tem uma dívida alta com a União, de R$ 20 bilhões por ano. Por essa razão, é possível que o estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) também se associe nessa demanda junto à União.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br