A Polícia Federal acredita que os inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) poderão ser finalizados em quatro meses. Em um dos processos,
que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado, os investigadores
apresentarão o relatório final até julho ao ministro do Supremo Tribunal
Federal Alexandre de Moraes. Esse caso é considerado por advogados do
ex-presidente como o único com potencial de levá-lo à prisão. As informações
são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
No entanto, a primeira investigação sobre Bolsonaro finalizada deve ser
sobre a falsificação de certificados do ex-presidente, familiares e
ex-assessores. Já a segunda será a que apura o caso das joias sauditas que
entraram ilegalmente no Brasil.
No último depoimento prestado por Bolsonaro, no dia 22 de fevereiro, o
ex-presidente se manteve em silêncio. A oitiva ocorreu no âmbito do inquérito
que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva na saída
da PF, o advogado da equipe de Bolsonaro, Paulo Bueno, alegou que o
ex-presidente "nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista".
"Esse
silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício
constitucional silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não
teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente
a prática de certos delitos", apontou.
Bueno acrescentou que a falta de acesso
à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e a conteúdos de
mídias obtidas em celulares apreendidos em operações deflagradas pela
corporação "impedem que a defesa tenha um mínimo de conhecimento
de por quais elementos o presidente é hoje convocado ao depoimento".
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