São Paulo — O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, cancelou de última hora uma entrevista que estava marcada para a manhã desta segunda-feira (4/3) no 2º Distrito Policial de São Paulo, no Bom Retiro, e saiu pela porta dos fundos do prédio sem falar com os jornalistas que o aguardavam. A assessoria de imprensa da pasta não soube explicar por que o secretário mudou de ideia.
A expectativa era que Derrite respondesse a questionamentos sobre as críticas feitas à 3ª Fase da Operação Verão pelo Ouvidor da Polícia de São Paulo, Claudinho Silva, e por representantes de entidades ligadas aos direitos humanos nesse domingo (3/3). Ao visitar comunidades da Baixada Santista, eles acusaram a Secretaria da Segurança Pública de promover uma operação "de vingança" e ignorar denúncias de tortura e execuções sumárias.
O anúncio de que haveria uma entrevista coletiva com a presença de Derrite foi feito pela pasta às 16h30 desse domingo (3/3). A previsão era de que, após participar do evento de reinauguração do prédio 2º Distrito Policial, ele respondesse a questionamentos da imprensa.
Minutos antes do início da solenidade, a equipe de comunicação da pasta chegou a pedir que os jornalistas informassem quais perguntas fariam a Derrite. A operação policial no litoral foi um tópico unânime.
Durante o evento, o secretário discursou rapidamente, enaltecendo o trabalho da Polícia Militar no centro de São Paulo. Ele prometeu uma nova companhia da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) na região e novos postos policiais. Depois, visitou as novas instalações e foi embora.
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