O caso da blogueira e empresária Camilla Sordi, convidada por um homem,
identificado por ela apenas como "Thiago", para visitar e conhecer os cartões
postais de Salvador, viralizou durante a quinta-feira (29/2) no X (antigo
Twitter).
Segundo ela, Thiago, um conhecido dela, teria custeado uma passagem
aérea para vir de São Paulo para Salvador, mas, ao chegar na cidade, ela gastou
R$ 17 mil com o namorado sob a promessa de que ele a reembolsaria, o que não
ocorreu.
Ouvida pelo Aratu On, a advogada Thamires Santos afirmou que, caso se
considere que houve envolvimento afetivo entre Camilla e Thiago, é possível que
ela tenha sido vítima do crime de "estelionato amoroso".
Também conhecido como "Golpe do Don Juan", o crime é configurado quando
um parceiro se utiliza da confiança do outro para obter vantagem econômica.
"Cada caso é observado de forma específica", ponderou a advogada.
No caso que viralizou no X na quinta, a blogueira pagou todos os gastos de um
fim de semana de luxo em um hotel em Praia do Forte, no litoral norte baiano.
Segundo ela, já no momento de pedir um carro por aplicativo para chegar
à hospedagem, saindo do Aeroporto de Salvador, o homem teria alegado estar com
o cartão bloqueado e teria dito a ela que pagaria a conta no dia seguinte, por
meio de um Pix.
"Se considerarmos que a blogueira
foi financeiramente lesada, em virtude de um compromisso que não foi honrado
pela parte que a convidou, é plenamente possível ingressar com uma ação na
tentativa de reaver o valor dispensado", explicou a advogada Thamires Santos.
Camilla revelou que dispendeu R$ 17 mil, bancando todos os custos do então
casal no fim de semana.
Ao final do período junto, Thiago postou uma foto da viagem nas redes sociais e
Camilla repostou.
A partir desse momento, a blogueira recebeu mensagens de amigos
informando que o homem aplicava golpes em diversas pessoas. Após o alerta, a
empresária foi embora e pagou a conta do hotel.
Thamires destacou que para se comprovar que Camilla sofreu um golpe, há
uma série de critérios a serem considerados, como a boa-fé da pessoa que foi
lesada, a intenção do golpista e a forma como o contexto criado auxilia na
enganação, convencimento ou manipulação.
"Em todo caso, é imprescindível que a mulher esteja munida de provas
sobre o ocorrido", alerta a advogada.
Fonte: *reportagem de Ananda Costa, da TV Aratu e Aratu On