A Polícia Federal (PF) indiciou a deputada federal Carla Zambelli
(PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por suspeita de invasão ao sistema do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O acesso ao sistema teria ocorrida por meio
do login de um funcionĂĄrio do órgão. A informação foi confirmada pelo
Metrópoles.
A invasão teria acontecido para a inserção de falso mandado de prisão
contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O
crime teria ocorrido em 4 de janeiro de 2023.
O inquérito da PF ainda serĂĄ analisado pela Procuradoria-Geral da
República (PGR), que decidirĂĄ se a deputada serĂĄ ou não denunciada ao STF.
Em depoimento à PF, a deputada Carla Zambelli negou ter contratado o
hacker para invadir o sistema do CNJ.
Delgatti, por outro lado, defende que Zambelli teria pago R$ 40 mil para
que ele invadisse os sites do JudiciĂĄrio. "Além de confirmar, ele produziu mais
provas no sentido de que ele estĂĄ falando a verdade", disse o advogado do
hacker, Ariovaldo Moreira.
A deputada alega ter pago R$ 3 mil para o hacker fazer melhorias no site
e redes sociais da parlamentar. Ela nega qualquer envolvimento na invasão ao
sistema do CNJ.
A defesa da deputada, em nota enviada nesta quinta-feira (29/2), afirma
que ainda estĂĄ analisando os documentos apresentados pela PF e reforça que a
parlamentar não pediu para que o hacker invadisse o sistema do poder JudiciĂĄrio
ou praticasse qualquer outro crime.
"A deputada reafirma que não cometeu qualquer conduta ilícita e/ou
imoral e exercerĂĄ, se necessĂĄrio, seu amplo direito de defesa para comprovar
sua inocĂȘncia. O uso abusivo de suposições e probabilidades não são elementos
induvidosos a pretender sustentar as suspeitas levantadas", destaca o advogado
de Zambelli, Daniel Leon Bialski.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br