São Paulo — O gabinete da Secretaria da Segurança Pública (SSP) voltou à
capital paulista nesta segunda-feira (19/2), 13 dias após ser transferido para
Santos, no litoral de SP. A mudança aconteceu logo após a morte do soldado das
Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo, e 2 de
fevereiro, e do cabo José Silveira dos Santos.
A Operação Escudo desencadeada na Baixada Santista em 26 de janeiro
deste ano já deixou 28 mortos em cronfrontos com a Polícia Militar (PM) e tem
sido alvo de críticas de diversas entidades, que protocolaram petição na
Organização das Nações Unidas (ONU) apontando ilegalidades e desrespeito aos
direitos humanos.
A SSP não admite, nem mesmo, que a atual operação é uma Escudo, adotada
após a morte de policiais. Para o governo, oficialmente, ela é chamada de
terceira fase da Operação Verão.
No ano passado, a Operação Escudo deflagrada após a morte do soldado da
Rota Patrick Bastos Reis, em julho, terminou 40 dias depois com 28 mortos. A
ação também foi alvo de uma série de críticas e suspeitas de violência por
parte dos PMs.
Ao anunciar o retorno do gabinete para a capital paulista, o secretário
da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que a operação continuará na
Baixada Santista, com reforço no efetivo.
Segundo a SSP, durante a chamada
Operação Verão, 681 pessoas foram presas, sendo 254 delas procuradas pela
Justiça.
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