Daniel Alves segue preso, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma casa
noturna de Barcelona, e ainda não teve o veredito sobre o seu caso definido.
Entretanto, um ex-companheiro de cela do jogador entregou que ele pretendia
fugir para o Brasil caso recebesse liberdade condicional.
"Se lhe concederem a liberdade provisória até o julgamento, ele vai para
o Brasil de certeza", declarou o rapaz, que terá sua identidade revelada ainda
neste final de semana, em declaração ao TardeAR, programa de televisão
português.
Daniel Alves prestou depoimento sobre o suposto crime no último dia 7 de
fevereiro. Este é o terceiro dia de audiência do caso, julgado pelo Tribunal
Superior de Justiça da Catalunha.
O jogador brasileiro chorou durante o depoimento e relatou bebedeira no dia
do suposto estupro em uma boate. "Pedimos cinco (garrafas) de vinho, um uísque
e um saquê. (Tomei) mais ou menos uma e meia ou duas garrafas de vinho, e um
copo de uísque", declarou o atleta, no início da oitiva.
Conforme relatou a imprensa espanhola, Alves alterou o seu depoimento
pela quinta vez e, agora, alega abuso de bebidas alcoólicas no dia em que o
crime teria acontecido.
Na Espanha, o consumo exagerado de álcool é um atenuante que pode
reduzir a pena do crime pela metade.
Em seguida, o jogador negou, novamente, que tenha forçado a denunciante
a praticar relações sexuais. "Ela estava na minha frente e começamos a relação.
Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a
praticar sexo oral forçadamente", relatou Daniel Alves.
O réu foi ouvido após o depoimento da vítima e de todas as testemunhas
citadas no processo. Nesta quarta-feira (7/2), médicos e psicólogos forenses
também foram ouvidos no tribunal.
Primeiro dia de julgamento
O julgamento do brasileiro começou na segunda-feira (5/2), dia em que a
vítima prestou depoimento e reafirmou ter sido estuprada por Daniel Alves. Ela
falou durante 1h15 e contou detalhes da noite e do momento em que afirmou ter
sido abusada sexualmente.
Além da jovem espanhola, outras cinco testemunhas falaram ao tribunal na
primeira sessão de julgamento; dentre elas, a amiga e a prima da suposta
vítima, que acompanhavam a mulher no dia do ocorrido.
Segunda sessão
O segundo dia de julgamento contou com o depoimento de 22 testemunhas,
incluindo funcionários da boate, amigos de Daniel Alves e a esposa do jogador,
Joana Sanz.
Em depoimento alinhado com a defesa do atleta, Joana Sanz afirmou que,
após a noitada, o marido chegou à residência da família completamente
embriagado.
A terceira e última sessão de julgamento ainda está em andamento e
seguiu para as considerações finais da promotoria após o fim da declaração do
jogador.
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