Advogados de alvos da operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e
apoiadores começam a movimentar recursos, no Supremo Tribunal Federal (STF),
contra as decisões que o ministro Alexandre de Moraes deu na semana passada.
Caso os recursos sejam negados, o objetivo é insistir nos pedidos para
motivar uma decisão de colegiado, quando outros ministros, além do próprio
Moraes, também poderão votar.
A defesa do coronel Marcelo Câmara, acusado de colaborar com o plano
golpista, está com agravo regimental — ou seja, um recurso — pronto para
apresentar na quinta-feira (15). O pedido é para que Moraes reconsidere a
prisão preventiva do militar.
"Caso ele não reconsidere, aguardo que seja dado andamento ao recurso
para que a decisão seja analisada pelo colegiado. Posso, neste momento, afirmar
que a prisão preventiva foi medida extrema, absolutamente desnecessária e
merece ser revista", afirmou o advogado Eduardo Kuntz à CNN.
Antes do Carnaval, Moraes concedeu liberdade provisória ao presidente do
PL, Valdemar Costa Neto, que passou duas noites preso porque foi encontrado com
arma ilegal e pepita de ouro, que pode ser oriunda de garimpo ilegal.
O relaxamento da prisão trouxe alívio para o partido. Mas existem vários
outros pedidos a serem feitos pelos advogados, que vão desde a recuperação de
itens apreendidos à suspensão de medidas restritivas, como a limitação de
conversas entre os investigados.
O PL avalia como recuperar a comunicação interna do partido e derrubar a
decisão que proíbe contato entre Bolsonaro, Costa Neto e Braga Netto – três
cabeças da legenda.
Integrantes do partido avaliam que, nesta quarta-feira, os advogados da
legenda terão novidades sobre a estratégia jurídica.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br