O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil afirmou que "nunca foi
procurado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou seus interlocutores" para
anuir com um suposto golpe de Estado, de acordo com petição enviada pelo órgão
ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (9).
Durante reunião entre ministros no dia 5 de julho de 2022, o então
presidente Jair Bolsonaro indicou que fosse obtido o apoio da OAB para embasar
a denúncia sobre possíveis irregularidades no sistema eleitoral. A anuência da
ordem daria credibilidade ao documento.
Na petição enviada ao STF, a OAB destaca que "a urna eletrônica é motivo
de orgulho para o Brasil", já que, segundo a instituição, nunca houve indício
de fraude no equipamento.
– As ministras e os ministros do Tribunal Superior Eleitoral contam com
a confiança e o apoio da OAB para seguir em sua missão de organizar e assegurar
a realização das eleições – diz outra parte do documento.
Na oportunidade, a OAB aproveitou para se manifestar contrária à decisão
do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que vedou aos advogados de alvos na
Operação Tempus Veritati, – que trata sobre uma suposta articulação de golpe de
Estado capitaneada por Jair Bolsonaro e aliados – o diálogo entre si. A
entidade deixou claro que a medida "viola as prerrogativas da advocacia e
prejudica o direito de defesa dos investigados".
Fonte: Pleno News