Nesta quarta-feira (7), a
Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo que resultará na indenização de
R$ 1,7 milhão à companheira e aos quatro filhos de Marcelo Arruda, tesoureiro
do PT, que foi assassinado em 2022 após uma discussão política. O acordo,
homologado pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu (PR), considera o uso da arma
de propriedade da União pelo autor do crime, o policial penal Jorge Guaranho.
Marcelo Arruda, que era guarda municipal, foi morto em 9 de julho
durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos, por Jorge Guaranho, um
apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O acordo foi alcançado dentro do processo movido pela família para
cobrar indenização da União pelo assassinato. Embora tenha contemplado a esposa
e os filhos de Marcelo Arruda, extinguindo a ação em relação a eles, a ação
continua tramitando em relação à ex-esposa do tesoureiro, que também busca
compensação.
O montante acordado, de R$ 1,7 milhão, engloba não apenas a
indenização por danos morais, mas também a quantia referente à pensão que seria
devida aos filhos, ajustada de acordo com a idade de cada um. A AGU afirmou que
tomará medidas legais para recuperar o valor pago à União, buscando
ressarcimento por parte de Jorge Guaranho.
A procuradora Nacional da União de Negociação, Clara Nitão, da
AGU, comentou sobre o acordo: "Vivenciamos um verdadeiro amadurecimento
institucional da AGU com o avanço da autocomposição nas fases iniciais do
processo. Essa postura colaborativa entre as partes visa a pacificação social,
permitindo a minoração do sofrimento dos envolvidos".
Fonte: Gazeta Brasil