O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu
manter em sigilo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que
tentava vincular juízes do STF, incluindo ele próprio, ao Primeiro Comando da
Capital (PCC). O documento, intitulado "Prévia Nini.docx", foi mencionado no
despacho do ministro que autorizou uma operação da Polícia Federal (PF) contra
o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à Prefeitura do Rio de
Janeiro, na quinta-feira, 25.
Segundo Moraes, as investigações, que duraram de 2019 a 2021, envolveram cinco funcionários da Abin. O ministro apontou a atuação deles como uma "evidência de instrumentalização da Abin". O ministro Gilmar Mendes também foi citado no controverso documento, conforme indicado na investigação da PF.
A decisão de Moraes, que faz referência à suposta ligação com o PCC,
autorizou a ação policial contra Ramagem. Durante a gestão Bolsonaro, a PF
identificou um "esquema clandestino" de espionagem na Abin, com a participação
de Ramagem.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão autorizados por Moraes,
distribuídos entre Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João del Rei (MG) e
Rio de Janeiro. Tanto o gabinete quanto o imóvel funcional de Ramagem foram
alvos das buscas realizadas pelos agentes da PF.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br