Foto: FOTO:
WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Levantamento do InfoMoney obtido pela Coluna também aponta que a maioria
aposta em déficit de 0,5% do PIB este ano
O ano de 2024 começou com um ambiente político ainda mais cético em
relação à promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de alcançar o
déficit fiscal zero. A maioria dos analistas consultados pelo Barômetro do
Poder, feito pelo InfoMoney, não acredita na capacidade de o governo Lula
cumprir essa meta. Para 82% dos entrevistados, são baixas as chances de o País
chegar ao final do ano com equilíbrio fiscal. Outros 18% acreditam serem
moderadas. A Coluna do Estadão teve acesso com
exclusividade aos dados.
Em outra ponta, 73% veem como alta a possibilidade de a meta fiscal ser
alterada durante a execução orçamentária deste ano. Outros 27%, baixa. E, caso
a meta seja modificada, a maioria (80%) aposta em um déficit de 0,5% do Produto
Interno Bruto (PIB). Outros 20% apostam em uma nova meta com déficit de 0,25%
do PIB. Por outro lado, poucos acreditam que haverá mudanças na Lei de
Responsabilidade Fiscal ou no próprio arcabouço fiscal em 2024. Para 60% dos
entrevistados, a probabilidade de isso acontecer é baixa.
O Barômetro do Poder também testou a avaliação dos especialistas sobre
as chances de êxito de três assuntos em discussão pela equipe econômica do
governo federal e o último é visto com mais chances de implementação ainda em
2024.
1) taxação de importações por pessoas físicas para compras de até US$
50,00;
2) tributação sobre lucros e dividendos;
3) restrição para lastros de produtos financeiros isentos (como CRIs e
CRAs)
Sobre a regulamentação da reforma tributária dos impostos sobre o
consumo, promulgada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional, 45%
acreditam que os projetos de lei complementar que o governo Lula precisa
encaminhar até 17 de junho terão tramitação concluída neste ano.
Base
do levantamento
O InfoMoney fez o levantamento dos dias 17 a 22 de janeiro e contou com
a participação de 11 respondentes, 7 dos quais representam casas de análise de
risco político e 4 analistas independentes.
Estadão