O Brasil atingiu a marca de 55.859 casos prováveis de dengue nas duas
primeiras semanas de janeiro deste ano. Monitoramento do Ministério da Saúde
aponta que o número de infecções corresponde a uma comparação de 27,5 casos a
cada 100 mil habitantes. Além dos casos, foram registradas seis mortes pela
doença no país.
Na semana de análise mais recente, que vai dos dias 7 a 13 de janeiro,
houve uma maior incidência de casos de dengue em quatro unidades da federação:
Minas Gerais, Paraná, Acre e Distrito Federal. No caso de Minas, a Secretaria
de Saúde aponta que, além dos 3.983 casos confirmados em 2024, outros 11.658
estão sendo investigados. Enquanto o DF estima 5.096 casos prováveis da doença
– um aumento de 435% em relação a 2023.
A alta de casos também é vista em cidades afetadas por chuvas, como o
Rio de Janeiro. Um temporal no último fim de semana provocou a morte de 12
pessoas, enquanto uma segue desaparecida. O estado registra, em 16 dias de
janeiro, quase o mesmo número de casos de dengue dos dois primeiros meses do
ano passado: foram 4.446 notificações. Em 2023, foram 4.728 registros em oito
semanas.
A Secretaria de Saúde fluminense também indica que os registros podem
estar subnotificados. "Com exceção da Região Metropolitana II, que inclui os
municípios de Niterói e São Gonçalo, todas as outras oito regiões do estado
apresentam casos prováveis acima do que se espera para essa época do ano", diz
trecho de divulgação a respeito da doença.
Vacinação
Paralelo às altas da doença, o Ministério da Saúde confirmou que, em fevereiro,
dará início a vacinação contra a dengue. A ação será voltada para um público
específico, a ser escolhido na faixa etária que vai de 6 a 16 anos. O esquema
vacinal será em dose dupla, para um grupo de 3 milhões de pessoas. Detalhes da
imunização serão definidos em reunião do Ministério da Saúde na próxima
quinta-feira (25). A vacina será a Qdenga.
Além do imunizante anunciado, uma outra vacina está sendo desenvolvida
pelo Instituto Butantan: a Butantan-DV, tetravalente contra a Dengue. O
imunizante está na fase 3 de ensaios clínicos, com previsão de término de
estudo para 2024. Em dezembro de 2022, o instituto divulgou os resultados
preliminares do estudo, que mostram 79,6% de eficácia geral para prevenir casos
de dengue sintomática.
A Fiocruz confirmou, por nota, que teve conversas iniciais com a
fabricante da vacina que será aplicada no Brasil – a Takeda, que tem tecnologia
da Qdenga, mas diz não haver ainda qualquer decisão que formalize a iniciativa.
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