O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, obteve uma medida liminar na Justiça do Rio de Janeiro, suspendendo as punições impostas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro.
A Comissão de Ética, criada em 2017 pela CBF para gerir práticas e comportamento no ambiente esportivo, havia afastado Caboclo por 21 meses em setembro de 2021, uma decisão que posteriormente foi ampliada para mais 20 meses.
Com a liminar, o ex-dirigente da CBF agora tem permissão para concorrer novamente a cargos eletivos em entidades esportivas. É importante ressaltar que antes de assumir a presidência, Caboclo ocupou o cargo de diretor geral da entidade e trabalhou na Federação Paulista de Futebol.
O processo, mantido em segredo de Justiça desde o final do ano passado, teve a decisão proferida pela juíza Flávia de Almeida Viveira de Castro, da 6ª Vara Cível do Tribunal Regional da Barra da Tijuca. Na ação, a defesa de Caboclo alega irregularidades no procedimento que resultou em seu afastamento do futebol.
Em comunicado, os advogados de Caboclo afirmaram que "Rogério não responde a qualquer processo judicial decorrente dos fatos geradores do procedimento cuja suspensão foi determinada". Em 2021, o ex-presidente da CBF fez um acordo com o Ministério Público do Trabalho, pagando uma quantia determinada pelo arquivamento do processo.
Entenda o Caso: Acusações de Assédio e Suspensão
Em 2021, uma funcionária acusou o ex-presidente da CBF de assédio sexual e moral. O caso foi encaminhado à Comissão de Ética da CBF e à Diretoria de Governança e Conformidade. Como resultado, Caboclo foi afastado por 30 dias, prazo que posteriormente foi estendido para 60 dias.
A denúncia detalhava o comportamento abusivo do dirigente, culminando em uma pergunta ofensiva sobre masturbação. O áudio dessa conversa foi divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, em 6 de junho. Caboclo negou as acusações e fechou um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Gazeta Brasil