A emissora de TV norte-americana MSNBC
se recusou a transmitir ao vivo o discurso de Donald Trump, seguindo sua
vitória nas prévias do Partido Republicano em Iowa. A rede declarou que irá
"monitorar" as falas de Trump para evitar a propagação de informações falsas.
A âncora Rachel Maddow, durante a
cobertura das prévias, anunciou a decisão, descrevendo-a como complexa. "Neste
momento, o vencedor projetado de Iowa acabou de começar a fazer seu discurso da
vitória. Vamos ficar de olho nisso enquanto acontece. Vamos deixar você saber
se houver alguma novidade sobre o discurso, se houver algo que valha a pena,
algo substantivo e importante", disse Maddow antes da confirmação oficial da
vitória de Trump.
Maddow explicou a razão por trás da
decisão: "Há uma razão pela qual nós e outros portais de notícias em geral
paramos de ceder a plataforma ao vivo para comentários do ex-presidente Trump.
Não é por desrespeito. Não é uma decisão da qual gostamos". A escolha da MSNBC
provocou críticas de setores conservadores tanto nos Estados Unidos quanto
internacionalmente.
No seu discurso, Trump abordou a
questão da imigração, propondo o fechamento da fronteira dos EUA. "Vamos selar
a fronteira. Neste momento, temos uma invasão. Temos uma invasão de milhões e
milhões de pessoas que estão a entrar no nosso país. Não consigo imaginar
porque é que eles acham que isso é uma coisa boa", declarou o ex-presidente.
Na prévia de Iowa, Trump obteve uma
vitória expressiva com 51% dos votos dos delegados, superando Ron DeSantis, que
alcançou 21%, e Nikki Haley, com 19%. Sua vantagem foi marcante em áreas
rurais, onde obteve 39% do apoio, e entre eleitores sem diploma universitário,
conquistando 67% desse segmento.
Além disso, Trump também se destacou
nos subúrbios, com 46% dos votos, em áreas urbanas, onde recebeu 50%, e entre
republicanos com curso superior, com 37% da preferência. Esses números refletem
a força contínua de Trump em diversos setores da base republicana, apesar das
controvérsias que o cercam e das decisões editoriais de emissoras como a MSNBC.
Fonte: Hora de Brasilia