O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou nesta segunda-feira o término da "fase intensiva" da guerra no norte da Faixa de Gaza e afirmou que em breve essa fase também será encerrada na região de Khan Younis, onde os militantes estão atualmente concentrados, lutando no sul do enclave.
Gallant explicou que as tropas estão conduzindo operações de menor intensidade no norte da Faixa, "após derrotar todos os batalhões do Hamas na área", no mesmo dia em que o Exército israelense anunciou a retirada de uma das divisões que atuam na região, restando ainda três.
"No sul da Faixa de Gaza, a fase intensiva terminará em breve", afirmou Gallant, referindo-se à batalha em Khan Younis, um reduto do Hamas no sul, sem fornecer um calendário exato.
O ministro da Defesa de Israel também declarou que os palestinos governarão a Faixa de Gaza após o fim da guerra com Israel.
"Os palestinos vivem em Gaza, e portanto, os palestinos a governarão no futuro. O futuro governo de Gaza deve surgir da Faixa de Gaza", disse Gallant em entrevista coletiva.
"No final da guerra, não haverá ameaça militar vinda de Gaza. O Hamas não poderá governar ou atuar como força militar na Faixa de Gaza."
Ele indicou que o futuro governo seria uma "alternativa civil", mas enfatizou que as forças israelenses teriam "liberdade de operação" para proteger os cidadãos israelenses.
O Hamas, movimento islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007, entrou em guerra com Israel em 7 de outubro, quando seus combatentes cruzaram a fronteira militarizada do território palestino com Israel e atacaram comunidades no sul de Israel.
O ataque resultou na morte de aproximadamente 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com dados da AFP baseados nos últimos números israelenses.
Desde então, a ofensiva retaliatória de Israel causou a morte de mais de 2.400 pessoas em Gaza, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território.
Em uma nota separada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou na segunda-feira a um cessar-fogo humanitário "imediato" em Gaza, pedindo a libertação dos reféns israelenses detidos pelo Hamas e o fornecimento de ajuda "suficiente" para os habitantes de Gaza, marcando 100 dias do conflito entre Israel e o movimento palestino.
Fonte: (Com informações da EFE e AFP)