Uma nova erupção vulcânica na Islândia foi registrada, na manhã deste
domingo (14), ao norte da cidade de Grindavik. O caso ocorre na sequência de
uma erupção que aconteceu em dezembro de 2023, na mesma região, conforme
anunciou a Agência Meteorológica da Islândia (IMO, na sigla em inglês).
A atividade sísmica se acelerou bruscamente durante a noite de sábado
(13), e os residentes de Grindavik foram retirados durante a madrugada, por
volta das 3h locais (00h em Brasília), de acordo com a imprensa local.
A Islândia se situa entre as placas tectônicas da Eurásia e da América
do Norte e é uma das mais ativas regiões vulcânicas terrestres, com 33 vulcões,
ou sistemas vulcânicos listados como ativos. Nos últimos dois anos, o país
nórdico registrou três erupções vulcânicas na ilha.
– A lava está fluindo algumas centenas de metros ao norte da cidade,
isto é, de 400 a 500 metros – disse Kristín Jónsdóttir, do Escritório
Meteorológico da Islândia, à televisão islandesa RUV.
Os residentes de Grindavik foram anteriormente retirados de suas casas
em novembro e tiveram de ficar longe da cidade por seis semanas após uma série
de terremotos e a suspeita de uma possível erupção vulcânica.
O vizinho spa geotérmico Blue Lagoon, que é uma das maiores atrações
turísticas da Islândia, também fechou temporariamente na ocasião. Nas semanas
seguintes, muros defensivos foram colocados ao redor do vulcão na esperança de
desviar o magma da cidade, mas as paredes das barreiras construídas ao norte de
Grindavik foram rompidas e a lava está se movendo em direção à comunidade,
disse o escritório meteorológico.
A Islândia, que fica acima de um ponto quente vulcânico no Atlântico
Norte, tem uma erupção média a cada quatro ou cinco anos. A mais perturbadora
dos últimos tempos foi a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, em 2010, que
lançou enormes nuvens de cinzas na atmosfera e levou ao fechamento generalizado
do espaço aéreo na Europa.
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