A Agência Central de Inteligência dos Estados
Unidos (CIA) criou uma nova força-tarefa com o objetivo de localizar os
principais líderes do grupo terrorista Hamas e fornecer informações sobre a
localização dos reféns sequestrados, compartilhando esses dados com Israel.
Conforme relatado pelo The New York Times, a formação desta equipe especial
ocorreu após o ataque de 7 de outubro a Israel, que resultou na morte de
aproximadamente 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e no sequestro de outros
240 indivíduos, incluindo vários cidadãos norte-americanos.
Esta mudança de estratégia ocorre em um contexto em que as
autoridades dos Estados Unidos recomendaram que Israel se concentrasse no
assassinato seletivo dos líderes do Hamas em vez de continuar o conflito armado
em grande escala, com o objetivo de reduzir as vítimas civis e permitir uma
redução da intensidade das operações militares israelenses na Faixa de Gaza. O
Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, emitiu a diretiva para estabelecer
a força-tarefa após o ataque de 7 de outubro, no qual cerca de 3.000
terroristas do Hamas atacaram o sul de Israel.
O nível de prioridade do Hamas foi elevado pelos Estados Unidos do
nível quatro para o nível dois, indicando maior urgência em suas atividades de
inteligência. O nível um está reservado aos principais adversários dos EUA,
como o Irã, a Coreia do Norte, a Rússia e a China. Embora a transferência de
informações para Israel sobre a localização dos líderes do Hamas já tenha
começado, não é claro quão eficazes essas ações têm sido, uma vez que nenhum
grande líder em Gaza foi eliminado ou capturado até agora.
A
eliminação de Saleh al-Arouri, vice-líder do Hamas, por ataque de drone em
Beirute na semana anterior não foi resultado da inteligência fornecida pelos
Estados Unidos, afirma o relatório. No entanto, o ataque foi amplamente
atribuído a Israel, embora Jerusalém não o tenha confirmado. Autoridades dos
EUA revelaram que a localização de Yahya Sinwar e do chefe militar secreto do
Hamas, Mohammed Deif, é conhecida, mas a Força de Defesa de Israel (IDF) não
consegue executar um ataque porque está cercada por numerosos reféns. Os
esforços da CIA incluem um aumento nos voos de drones sobre Gaza e tentativas
de interceptar comunicações do Hamas.
Gazeta Brasil