Na quinta-feira
(11), os bispos católicos africanos expressaram descontentamento em relação à
recente aprovação, por parte do Vaticano, de bênçãos a casais homoafetivos.
Segundo os líderes religiosos, essa medida é considerada "inadequada" no
contexto cultural do continente onde eles atuam.
A homossexualidade
permanece ilegal em muitos países africanos, especialmente naqueles onde o
islamismo é predominante. A Santa Sé, no mês passado, sob a aprovação do Papa
Francisco, permitiu a bênção de casais considerados "irregulares" aos olhos da
Igreja, abrangendo divorciados e pessoas do mesmo sexo. Contudo, especificou
que tais bênçãos deveriam ocorrer fora dos rituais litúrgicos.
Em um comunicado
emitido em Acra, capital do Gana, o Simpósio das Conferências Episcopais da
África e Madagáscar (Secam) reafirmou a posição da Igreja. "A doutrina da
Igreja sobre o casamento cristão e a sexualidade permanece inalterada",
declarou o Simpósio, acrescentando que os bispos africanos consideram
"inadequado abençoar uniões homossexuais ou casais do mesmo sexo na África".
Segundo o comunicado, essa prática poderia causar confusão e entrar em
contradição direta com o ethos cultural das comunidades africanas.
O Vaticano
esclareceu que a medida não implicava qualquer alteração na doutrina e destacou
a importância de manter a "prudência" em alguns países, considerando as
diversas realidades culturais.
Pleno News