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Cardeal apoia bênção de casais homossexuais e responde a críticas na Igreja Católica


O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, defendeu a decisão do Papa Francisco de aprovar a bênção de casais homossexuais, o que gerou críticas no mundo católico, especialmente entre os bispos africanos, com exceção dos da África do Sul e do Quênia, que se recusaram a aplicá-la em seu continente.

Questionado por jornalistas do Vaticano sobre o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, Fiducia Supplicans, que abre a possibilidade de abençoar casais do mesmo sexo em situações "irregulares", Parolin afirmou: "É sempre bom. O importante é que avancemos de acordo com o que chamamos de "progresso na continuidade". A Igreja sempre passou por mudanças: a Igreja de hoje não é a mesma de 2.000 anos atrás. Ela está aberta aos sinais dos tempos, atenta às necessidades emergentes, mas deve ser fiel ao Evangelho, à tradição e à sua herança. Se essas mudanças servirem para seguir o Evangelho, para fornecer respostas, são bem-vindas."

Parolin também abordou a carta publicada pelo cardeal de Kinshasa, Fridolin Ambongo, na qual os bispos africanos se manifestaram contrários à bênção de casais homossexuais. Ele destacou: "Este documento (Fiducia Supplicans) provocou reações muito fortes de alguns episcopados. Isso significa que um ponto muito delicado e sensível foi tocado, exigindo um estudo mais aprofundado."

Em dezembro, o Vaticano, pela primeira vez em um documento oficial, autorizou a bênção de casais do mesmo sexo e "em situações irregulares" para a Igreja Católica. O Papa Francisco manteve, no entanto, a oposição ao casamento homossexual.

O documento especifica que a bênção não será realizada simultaneamente com ritos de união civil, nem em conexão com eles, e não terá características típicas de um casamento. O comunicado do Vaticano ressalta que as bênçãos para casais homossexuais "não são ritualizadas" e são caracterizadas pela simplicidade e brevidade para não justificar algo moralmente inaceitável.


*Com informações da AFP

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