O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstra uma habilidade política
nata de moldar seu discurso para agradar diversos públicos, especialmente os
analfabetos políticos. Essa flexibilidade, reminiscente da figura maquiavélica
de "O Príncipe", revela uma abordagem pragmática, onde a ética é vista mais
como uma opção do que um imperativo.
O retorno de Lula e seus seguidores ao poder no Brasil ilustra seu foco inabalável no poder político, adotando estratégias que desconsideram limites morais. A necessidade de apresentar-se como democrata, apesar de suas fortes conexões com regimes autoritários na América Latina e suas próprias questões legais, destaca essa adaptabilidade.
O apoio de Lula à acusação da África do Sul contra Israel por genocídio,
em um caso na Corte Internacional de Justiça, é um exemplo de sua postura
política. Essa acusação é vista por como infundada e uma banalização do termo
"genocídio", como vem acontecendo desde a pandemia e que deveria ser reservado
para os piores crimes contra a humanidade. Esta ação também rompe com a
tradicional diplomacia brasileira de equilíbrio, levantando preocupações sobre
uma possível inclinação do governo Lula para um alinhamento com regimes
autoritários e antissemitismo contemporâneo.
Os editoriais de grandes jornais brasileiros, como Estadão, O Globo e
Folha de S.Paulo, tem criticado fortemente essa postura. Eles apontam a falta
de base factual e jurídica na denúncia e acusam o presidente de violar a
tradição diplomática do Brasil e banalizar acusações sérias.
No contexto global, essa postura de Lula contrasta com líderes como o
presidente americano Joe Biden, que reafirmou seu apoio a Israel e destacou a
ameaça representada por grupos como o Hamas e figuras como Putin. A posição de
Lula, alinhando o Brasil com atores antidemocráticos e ignorando acordos como o
Mercosul-União Europeia em favor de aproximações com o BRICS, sugere um
afastamento de uma postura democrática genuína em favor de interesses
geopolíticos mais autoritários.
Fonte: Hora Brasilia