A Casa Branca rejeitou na quinta-feira, 11, as alegações da África do Sul de
que Israel estaria cometendo genocídio em Gaza, feitas no primeiro dia de
audiência do caso na Corte Internacional de Justiça em Haia.
Durante entrevista coletiva, John Kirby (foto), porta-voz do
Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, expressou a posição dos Estados
Unidos em relação às alegações sul-africanas.
"Nós dissemos repetidamente que acreditamos que este caso,é
infundado e que não há base para acusações de genocídio contra Israel. Essa não
é uma palavra que deva ser usada levianamente. E certamente não acreditamos que
se aplique aqui", afirmou Kirby.
Ele já havia criticado a ação judicial da África do Sul contra
Israel como "sem mérito, contraproducente e completamente sem qualquer base em
fato algum".
Vedant Patel, vice-porta-voz do Departamento de Estado, ecoou a
posição de Kirby em seu briefing à imprensa, declarando que "as alegações de
que Israel está cometendo genocídio são infundadas".
Patel acrescentou: "Aqueles que estão atacando violentamente
Israel, que continuam a pedir abertamente pela aniquilação de Israel e pelo
assassinato em massa de judeus – genocídio é um dos atos mais hediondos que
qualquer entidade ou indivíduo pode cometer, e tal alegação deve ser feita com
o maior cuidado".
Em resposta à afirmação do Ministério das Relações Exteriores de
Israel de que a África do Sul está funcionando como "braço jurídico do Hamas",
Patel discordou, dizendo que "não é uma caracterização que eu faria daqui em
relação aos nossos parceiros sul-africanos, mas novamente, continuamos a
acreditar muito fortemente que as alegações de que Israel está cometendo
genocídio são infundadas".
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, criticou
o apoio do governo Lula (PT) à ação movida pela África do Sul na Justiça
internacional que acusa Tel Aviv de genocídio.
"Pena que o presidente
brasileiro apoiou essas acusações sem base", disse
Zonshine ao Globo na quinta-feira, 11 de janeiro.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br