O
grupo de milícias xiitas pró-iraniano Resistência Islâmica no Iraque anunciou
hoje ter atacado com drones a base militar de Harir, localizada em Erbil,
capital da região semiautônoma do Curdistão iraquiano, que abrigava forças dos
Estados Unidos. Este é o mais recente episódio de uma série de ações
semelhantes no país, inserido no contexto da guerra em Gaza.
Em
comunicado, a Resistência Islâmica no Iraque afirmou: "Os mujahideen da
Resistência Islâmica no Iraque atacaram a base ocupada de Harir em Erbil, no
norte do Iraque, com drones, e a Resistência Islâmica confirma a sua contínua
destruição de fortalezas inimigas."
A
Unidade de Contraterrorismo do Curdistão Iraquiano também se pronunciou,
informando que um drone carregado com explosivos atacou a base de Harir em
Erbil, que já estava sendo utilizada como base militar pela coligação
internacional contra o Estado Islâmico.
Até
o momento, os Estados Unidos, líderes da coligação anti-jihadista, não
responderam à informação, e não há informações sobre possíveis vítimas.
Este
ataque ocorre após o anúncio do primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al Sudani,
na última sexta-feira, sobre a formação de um comitê para programar a retirada
das forças da coligação internacional do país.
O
político condenou também o ataque realizado pelos Estados Unidos nesta
quinta-feira, que resultou na morte de membros do grupo pró-governo Popular
Multitude em um de seus quartéis-generais em Bagdá, incluindo um destacado
comandante.
A
Resistência Islâmica no Iraque tem assumido a responsabilidade por dezenas de
ataques contra alvos dos EUA na Síria e no Iraque desde meados de outubro, em
resposta ao apoio "inabalável" de Washington a Israel e em solidariedade ao
grupo islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.
Na
mesma semana, os sistemas de defesa aérea destruíram um drone lançado contra o
aeroporto de Erbil. A Direção Geral Antiterrorista do Curdistão Iraquiano
afirmou que "um drone foi abatido no Aeroporto Internacional de Erbil",
acusando "milícias" do incidente "ilegal".
Grupos
não especificados lançaram "um drone com explosivos" contra "a base militar da
coligação internacional contra o Estado Islâmico", localizada nas instalações
do aeroporto. Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos
materiais decorrentes desse ataque.
Nenhum
grupo havia assumido a responsabilidade na época, embora milícias pró-Irã tenham
realizado dezenas de ataques a bases dos EUA no Iraque e na Síria nos últimos
três meses.
Os
Estados Unidos, que realizaram diversos ataques contra esses grupos em ambos os
países nas últimas semanas – alguns criticados por Bagdá por falta de
coordenação – denunciaram que o Irã "facilita ativamente" os ataques, apesar
das negações por parte de Teerã.
(Com
informações da EFE e Europa Press)