A dívida pública dos Estados Unidos atingiu um novo recorde de US$ 34 trilhões na sexta-feira (29), crescendo mais de US$ 1 trilhão em menos de quatro meses.
O aumento da dívida é um reflexo do déficit federal crescente, que foi impulsionado por gastos recordes com a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia.
O marco mais recente para a dívida nacional ocorre em um momento em que o Congresso enfrenta ainda mais prazos de gastos, ao retornar no novo ano, depois de evitar por pouco paralisações governamentais duas vezes no outono passado.
De acordo com uma medida provisória aprovada em novembro, o financiamento para quatro agências federais deverá expirar em 19 de janeiro, enquanto o financiamento para o resto do governo expirará duas semanas depois, em 2 de fevereiro.
A crescente pilha de dívidas tem sido repetidamente uma fonte de tensão nas recentes batalhas sobre o financiamento governamental, incluindo no impasse da Primavera passada sobre o limite de endividamento.
Embora o presidente Biden e os republicanos da Câmara tenham finalmente chegado a um acordo para aumentar o limite da dívida poucos dias antes de os EUA entrarem em incumprimento, a Fitch Ratings desceu a classificação de crédito do país de "AAA" para "AA+" em Agosto.
A agência de classificação citou na sua decisão o crescente peso da dívida dos EUA e as repetidas batalhas partidárias sobre o limite da dívida.
"Na opinião da Fitch, tem havido uma deterioração constante nos padrões de governação ao longo dos últimos 20 anos, incluindo em questões fiscais e de dívida", disse a Fitch na altura.
Gazeta Brasil