Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, em uma entrevista ao jornalista Ignacio Ramonet, transmitida pela Telesur na segunda-feira (1º), apontou incerteza sobre sua participação nas eleições presidenciais de 2024 no país. "É prematuro ainda. O ano acaba de começar. Só Deus sabe", declarou Maduro, acrescentando que aguardará a definição do cenário eleitoral para tomar a melhor decisão "com a bênção de Deus".
O apoio a Maduro para uma possível reeleição já foi defendido por Diosdado Cabello, deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e ex-vice-presidente de Hugo Chávez. Maduro, no poder desde março de 2013, pode enfrentar María Corina Machado, ex-deputada e possível candidata da oposição, se ela não for impedida pela Justiça venezuelana, que a acusou de corrupção e traição à pátria.
A Venezuela, que deve realizar sua eleição presidencial neste ano, ainda não definiu uma data específica. Há crescentes preocupações internacionais e da oposição sobre a transparência do processo eleitoral. Essas preocupações foram exacerbadas pela decisão da Assembleia Nacional da Venezuela, em julho do ano passado, de proibir a missão de observação eleitoral da União Europeia no pleito. Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, defendeu veementemente essa decisão, enfatizando que "nenhuma missão de observação da Europa virá aqui enquanto formos os representantes do Estado venezuelano".
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